Ao chegarmos ficamos um bom tempo conversando e então soou em alto e bom som nos megafones do pátio um alerta para que todos se encaminhassem para o lado norte da floresta em bandos porque o experimento se iniciaria. E se por acaso eu não mencionei, minha amiga Yasmin era um tanto como aluna prodígio da unidade e assim que ela afirmou que iria, uma enorme quantidade de pessoas a acompanhou. Guilherme perguntou se eu iria e eu disse que não, pois eu não era daquela unidade, besteira minha porque todos foram e eu fiquei somente na companhia de duas faxineiras e um professor que ninguém dava ouvidos no vasto pátio.
O tal professor veio na minha direção e me disse que eu não deveria estar naquele lugar, pois a humanidade estava comprometida e eu deveria achar uma maneira de reagir contra aquele grande perigo, quando eu iria pergunta o por que daquela argumentação todos nós vimos uma pessoa de terno se aproximando ao longe juntamente com uma fila de pessoas que estavam quase a se arrastar, mas que não dava para notar detalhes de suas aparências físicas e se postaram a um passo do brejo, não o atravessaram. As faxineiras se candidataram a averiguar aquilo e foram conversar com o homem de terno, não voltaram. Eu não agüentando mais os olhares furtivos do professor maluco que não tomava nenhuma atitude fui atrás das faxineiras para obter respostas.
Quando cheguei perto das pessoas da fila levei um susto, outra descrição: As pessoas estavam vestidas com aquelas camisolas que nos fornecem em hospitais, mas eles estavam tão suados que as camisolas estavam grudadas ao seu corpo, eles estavam muito mas muito brancos e a cor de suas peles tinham uma textura azulada, alguns mais azulados que outros e em determinadas regiões da pele tinham roxos e vergões e nos orifícios dos rostos tinham rastros de sangue que aparentemente haviam secado, ou seja, uma assustadora visão!
Até que uma das faxineiras interrompeu a péssima visão que eu tinha gritando para que eu fosse embora para o mais longe possível que todos lá inclusive elas estavam contaminados. Saí correndo, desacionei o alarme do meu carro, entrei e travei as portas; antes de sair senti alguém batendo no meu vidro e era o homem de terno no qual havia visto chegar alguns minutos antes, ele tinha a pele num tom azul celeste e tiro um papel do bolso, era uma carta, e posicionou no meu vidro de uma forma que eu pudesse ler perfeitamente e estava escrita na seguinte forma:
‘Olá, eu sou o Dr. Himmel, e se você estiver lendo essa carta quer dizer que infelizmente eu fui contaminado. Eu passei anos a fio da minha vida buscando uma cura para um vírus que esteve até então adormecido, ele sofreu várias mutações e está se alastrando de uma forma terrivelmente rápida. Trouxe alguns dos meus testes para cá na tentativa de impedir que aqueles débeis exterminassem os contaminados dessa região, que estavam devidamente encubados, mostrando-lhes experimentalmente a cura apartir da vacina que elaborei. Eles acham que exterminando estarão assim vencendo essa batalha biológica, não sendo verdade, pois esse vírus diminui as energias basais do corpo humano mas ao mesmo tempo lhes dando uma imunidade incomparavelmente grande, eles passam a se comporta como ‘zumbis’ diminuindo as suas atividades vitais. Eu me dei a liberdade de abrir seu carro e colocar no seu porta - luvas uma dose da vacina com as instruções, antes de ir mude sua senha de entrada, aplique a vacina e busque resultados positivos. Espero que tenha mais sorte que eu.
Atenciosamente, Dr. Himmel ‘
Assustada com o que havia acabado de ler olhei para o Doutor e vi um rastro de sangue logo abaixo do seu nariz, mudei a senha de entrada do meu carro, dei partida e fui embora. O problema é que não peguei a estrada principal acabei pegando um desvio por causa do desespero e acabei rodando horas e horas no meio do nada. Quando avistei a primeira cidadezinha pela frente, procurei o primeiro Posto para abastecer porque com o que eu tinha só dava para rodar mais 10 km. Ao estacionar, o frentista com um péssimo humor disse-me que eu não era bem vinda e que eu tinha que partir, expliquei do que eu precisava e ele nem deu ouvidos. Numa atitude precipitada abri o porta-luvas e peguei a vacina e fiquei com ela na palma da minha mão porque pensei em aplicá-la. O frentista aumentou ainda mais o tom de voz e disse que todos na cidade precisavam da vacina por a alergia tinha se espalhado por lá, tentei argumentar falando que só tinha aquela dose, mas ele fez foi chamar os que estavam por perto pra tenta me retira a força do carro.
Eles podiam ficar o dia todo lá que não conseguiriam destravar minhas portas e no tempo que fiquei no carro pensei e propus a todos ali o seguinte acordo: eu trocaria a vacina pelo meu tanque cheio e instruções precisas para chegar ao centro da cidade que eu procurava, eles aceitaram e a troca foi feita.
Quando dirigia transtornada com a minha possível contaminação olhei para meu banco do passageiro e percebi um recado amassado em cima dele, encostei o carro e fui ler:
‘Ola, é o Dr. Himmel novamente e após ter aplicado essa dose vá até meu laboratório que está situado na Faculdade de Medicina Experimental no centro da cidade na Rua Da Boa Esperança, quadra:16 lote: 28, ICB – 3 segundo andar, e pegue as dosagem de vacinas que precisar, lembrando que o soro de fabricação é o sangue da pessoa que estiver se restabelecendo da virose e na terceira gaveta do meu criado está meu Diário com mais informações, prossiga obtendo êxitos!’
Espero estar mesmo com tanta sorte assim e ajudar a por um ponto final nisso tudo.